Vendas de imóveis têm alta de 58,85% na cidade de São Paulo

Pesquisa do CRECI-SP mostra crescimento nos negócios imobiliários em São Paulo e maior procura pelos financiamentos imobiliários

O resultado das vendas de casas e apartamentos usados foi bem positivo no mês de junho na comparação com maio. Na cidade de São Paulo, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (CRECI-SP) consultou 266 imobiliárias e registrou que os negócios aumentaram 14,91% nesse período.

Essa elevação acompanha o índice acumulado de vendas de imóveis no semestre, que está positivo em 58,85% na cidade de São Paulo. Nos seis primeiros meses de 2021, somente em janeiro e maio houve queda nas vendas de imóveis na comparação com os meses anteriores.

Para o presidente do CRECI-SP, José Augusto Viana Neto, os números traduzem o sentimento geral de aquecimento do mercado na cidade de São Paulo. “Motivadas pelos gráficos decrescentes com relação à quantidade de casos e de mortes pela Covid-19, as famílias têm renovado suas expectativas e retomado seus planos. E dentre esses projetos está, sem dúvida, a aquisição do imóvel.”

José Augusto Viana Neto também comentou sobre a concessão de financiamentos imobiliários, que é outro indicador de que o mercado imobiliário está caminhando para uma situação muito mais confortável até o final do ano.

“Os dados da Abecip (Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança) mostram que, apenas no primeiro semestre de 2021, o crédito destinado à compra e à construção de moradias com recursos da poupança totalizou R$ 97 bilhões em todo o país. Isso é uma alta de 124% em relação ao mesmo período de 2020.”

E pela Pesquisa CRECI-SP, os negócios imobiliários financiados pela Caixa e pelos bancos privados responderam por 46,27% desse segmento no mês de junho.

Já as vendas à vista de imóveis como casas e apartamentos somaram 52,99% das negociações; as vendas financiadas diretamente pelos proprietários, 0,75% e não foram registradas vendas por consórcios em junho pela Pesquisa CRECI-SP.

No contexto geral do mercado imobiliário, o aumento nas vendas mostram que as expectativas são boas para atuação de imobiliárias e corretores de imóveis.

Mercado de locação continua promissor

Na comparação entre maio e junho, houve um crescimento de 6,43% no número de aluguel de imóveis segundo a Pesquisa CRECI-SP feita com 266 imobiliárias da cidade de São Paulo.

Esse é o terceiro mês consecutivo em que as locações registram alta na capital paulista: também haviam fechado no positivo em abril compara do a março (4,30%); e em maio com relação a abril (13,04%). No acumulado do semestre, os negócios desse segmento apresentaram alta de 32,74%. Em junho, os valores dos aluguéis subiram 2,09% ante os valores de maio, na média. A maioria dos contratos de locação assinados (59,8%) tinha valores até R$ 1.500,00 de aluguel.

Alguns tipos de imóveis, no entanto, tiveram aumentos bem maiores nos valores de locação. É o caso, por exemplo, de casas de 2 dormitórios situadas na Zona B, de bairros como Sumaré e Aclimação. Os locadores chegaram ao valor médio de locação de R$ 3.533,33 em junho, o que representou alta de 74,49% em relação ao preço praticado em maio, de R$ 2.025,00.

Nos apartamentos, os alugueis que mais subiram foram para os de 3 dormitórios, localizados na Zona C, que abrange bairros como Mooca e Vila Romana. A locação desses imóveis custava em média R$ 2.258,33 em maio e passou a R$ 3.216,50 em junho (alta de 42,43%).

A inadimplência apresentou alta na cidade de São Paulo no mês de junho na comparação com maio. O índice ficou em 5,26%, o que é 1,15% superior ao registrado em maio, que foi de 5,20%. Quanto aos contratos de locação cancelados, eles superaram em 10,93% o número de novos contratos assinados no período.

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